quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O CANTO DO CISNE


O canto do cisne

Sentado à beira do rio

Encontra-se um poeta

Furtivo em pensamentos

Mudo, sem fala, sem dialética

Expurgado, de sua realidade

Outrora ousado,

Selvagem e valente;

Agora patético

Pusilâmine e negligente

Em seu flanco esquerdo

Eis que surge um cisne

- Negro como a noite -

Tão misterioso quanto

Seu canto

Subitamente, o poeta ressurge,

Incomodado pela sua intuição

Como criança

Agarra-se a um pedaço de papel

E o tortura com um látego de palavras

Lágrimas lhe caem do rosto,

Rubras como a vergonha

Vermelhas como o sangue

...E ao longe, quase tocando

O Crepúsculo, ouve-se

Um belo e derradeiro

Canto de um cisne

Arthur Akira 6º Ano

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