O canto do cisne
Sentado à beira do rio
Encontra-se um poeta
Furtivo em pensamentos
Mudo, sem fala, sem dialética
Expurgado, de sua realidade
Outrora ousado,
Selvagem e valente;
Agora patético
Pusilâmine e negligente
Em seu flanco esquerdo
Eis que surge um cisne
- Negro como a noite -
Tão misterioso quanto
Seu canto
Subitamente, o poeta ressurge,
Incomodado pela sua intuição
Como criança
Agarra-se a um pedaço de papel
E o tortura com um látego de palavras
Lágrimas lhe caem do rosto,
Rubras como a vergonha
Vermelhas como o sangue
...E ao longe, quase tocando
O Crepúsculo, ouve-se
Um belo e derradeiro
Canto de um cisne
Arthur Akira 6º Ano
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